O câncer de mama é uma das doenças mais prevalentes e preocupantes em todo o mundo, afetando milhões de mulheres todos os anos. Dados epidemiológicos colocam esse tipo de câncer como o mais comum no público feminino.
Dentre os tipos de câncer de mama, o carcinoma triplo-negativo metastático é um dos mais preocupantes devido a sua agressividade. Ele representa cerca de 10 a 15% dos diagnósticos e possui características que os diferem dos demais, pois pode se espalhar rapidamente para outros órgãos e tecidos do corpo, possui opções limitadas de tratamento e pior prognóstico.
Biomarcador PD-L1 e sua importância no câncer de mama
A identificação de biomarcadores é fundamental tanto para o diagnóstico quanto para o direcionamento e desenvolvimento de novas estratégias terapêuticas para o câncer. No câncer de mama triplo-negativo metastático não é diferente, especialmente quanto ao biomarcador PD-L1.
A PD-L1 é uma proteína que está presente naturalmente em todas as células e atua evitando que o sistema imune ataque as células do próprio corpo, um mecanismo importante para evitar respostas autoimunes em condições fisiológicas.
Por outro lado, certas células cancerosas possuem abundância de PD-L1, o que confere a elas uma capacidade eficiente de escapar do ataque imunológico. No carcinoma de mama triplo-negativo, estima-se que até 30% dos tumores apresentam uma alta expressão dessa proteína, tornando-os altamente eficientes em escapar das defesas imunes.
Qual a utilidade clínica do biomarcador PD-L1?
Além da sua ação na fisiopatologia da doença, a detecção de PD-L1 no câncer de mama é uma importante estratégia que auxilia no direcionamento do tratamento. Fármacos já foram desenvolvidos tendo como o alvo essa proteína, com o intuito de bloquear a sua atividade e estimular a atividade imunológica contra o tumor.
Tais medicamentos baseiam-se no desenvolvimento de anticorpos monoclonais (imunoterapia) e representam uma alternativa eficaz para pacientes diagnosticados com essa forma grave de câncer.
Portanto, a análise de PD-L1 é importantíssima para a definição da melhor estratégia terapêutica para pacientes diagnosticados com a doença. A expressão de PD-L1 é um fator preditivo positivo de resposta à imunoterapia e deve ser investigada para selecionar pacientes que possam se beneficiar destas terapias.
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