ATENÇÃO: Devido a alta demanda, há uma quantidade limitada de insumos em estoque no dia de hoje: 19/12/2023

logorod
CAR-T

A terapia com células CAR-T tem causado uma revolução no tratamento do câncer. Potencialmente, a tecnologia pode oferecer uma abordagem inovadora e altamente eficaz no combate a diferentes tipos de câncer, especialmente os que envolvem células sanguíneas.

Um crescente número de estudos científicos tem demonstrado que a terapia CAR-T pode gerar resultados notáveis em casos de câncer refratário, ou seja, casos em que outras formas de tratamento foram ineficazes. Pacientes que anteriormente não respondiam a tratamentos convencionais têm experimentado respostas positivas e, em alguns casos, remissões duradouras após a aplicação da terapia CAR-T.

Outro aspecto crucial é a rapidez com que a terapia CAR-T pode atuar. Enquanto tratamentos convencionais podem levar semanas para surtir efeito, a terapia CAR-T muitas vezes demonstra resultados significativos em um curto período, o que é particularmente importante em casos de câncer agressivo.

 

A segurança e eficácia da terapia CAR-T têm sido comprovadas em diversos estudos clínicos, levando a aprovações regulatórias em vários países para cinco tipos diferentes de câncer sanguíneo. Ainda que desafios e efeitos colaterais existam, a comunidade científica está continuamente refinando e aprimorando essa abordagem para torná-la mais acessível e segura.

Novo estudo expande a aplicabilidade terapêutica da terapia CAR-T

Em recente estudo científico publicado na prestigiada revista Science Translational Medicine, pesquisadores da Universidade da Pensilvania desenvolveram uma nova estratégia por meio da terapia com células CAR-T que pode abranger o tratamento de todos os tipos de câncer sanguíneo [1].

Utilizando modelos pré-clínicos com camundongos e cultura de células, o grupo de cientistas empregou as células CAR-T projetadas para identificar o marcador CD45, um marcador de superfície presente em quase todas as células sanguíneas, incluindo as células cancerígenas. O desafio central do estudo reside no fato de que, como o CD45 está presente em praticamente todas as células sanguíneas, um tratamento que eliminasse todas as células contendo CD45 deixaria os pacientes sem qualquer componente sanguíneo essencial.

Para contornar esse problema, os pesquisadores utilizaram a técnica de edição genética CRISPR para desenvolver uma abordagem denominada edição de epítopos. Essa técnica supera os desafios de uma estratégia anti-CD45, que, de outra forma, resultaria em contagens sanguíneas reduzidas, com potenciais efeitos colaterais fatais.

A edição de epítopos, por meio da técnica de CRISPR, modificou geneticamente as células CAR-T e células-tronco sanguíneas, alterando uma pequena parte da estrutura de CD45 dessas células. Essa versão modificada do CD45 ainda mantém a funcionalidade da proteína, mas difere o suficiente do CD45 normal para que as células CAR-T anti-CD45 não as identifiquem e ataquem.

Transplante de células-tronco sanguíneas acoplado a terapia CAR-T

Para viabilizar o tratamento, é necessário que a terapia CAR-T modificada geneticamente seja infundida em conjunto de um transplante de células-tronco sanguíneas, as quais também foram modificadas pela técnica de CRISPR para expressar um marcador CD-45 não reconhecível pelas células CAR-T.

Esse tipo de abordagem oferece a perspectiva de uma substituição suave das células-tronco, permitindo a produção contínua de novas células sanguíneas, enquanto a terapia CAR-T elimina as outras células do sangue, incluindo as cancerígenas. Segundo os pesquisadores, a nova abordagem pode ser utilizada também como uma forma menos agressiva de condicionamento quimioterápico, suprimindo o sistema imunológico antes de um transplante de medula óssea, por exemplo.

De acordo com os principais achados, as células CAR-T anti-CD45 eliminaram as células leucêmicas dentro de três semanas após a infusão e ainda estavam presentes e eram capazes de matar as células cancerosas mais de dois meses depois. A terapia possibilitou a sobrevivência dos camundongos, permitindo a morte bem-sucedida de neoplasias hematológicas com reconstituição satisfatória do sistema hematopoiético.

 

Apesar de promissores, é necessário destacar que estes são resultados pré-clínicos, e ensaios em humanos são necessários para avaliar a possível aplicação da abordagem em pacientes oncológicos. Atualmente, estudos toxicológicos complementares estão em andamento para preparar a aplicação experimental de drogas em ensaios clínicos de fase 1.

A FastBio é líder na distribuição de produtos e serviços em biotecnologia

A FastBio oferece alternativas de qualidade para a manufatura de células CAR-T por métodos não virais. Em parceria com a Genscript, nós possuímos em nosso portfólio modelos longos de DNA de fita simples (ssDNA) HDR híbridos, que permitem alto rendimento não viral na fabricação de modelos de terapia celular.

O ssDNA é comprovadamente um modelo confiável de reparo dirigido por homologia (HDR) CRISPR, criando knock-in de genes com alta eficiência de edição (acima de 60%), toxicidade mínima, integração reduzida fora do alvo e em uma variedade de loci alvo e tipos de células humanas primárias. Em escala clínica para a fabricação de células CAR-T não virais, os ssDNA HDRs permitem alta eficiência de inserção de genes (aproximadamente 46%).

A FastBio oferece ainda, produtos, serviços e recursos CRISPR validados para ajudá-lo a aproveitar o poder da edição de genomas. Nós disponibilizamos a você a possibilidade de montar seus próprios construtos Cas e gRNA, bem como enzimas Cas purificadas para uso in vitro e in vivo.

Venha conhecer os produtos e serviços da FastBio e tenha a sua disposição o que há de mais moderno em termos de biotecnologia para acelerar os seus resultados e elevar de patamar a sua pesquisa.

Quer ir rápido, vá sozinho, quer fazer história… vá com a FastBio.

Referência:

[1] Wellhausen N, O’Connell RP, Lesch S, Engel NW, Rennels AK, Gonzales D, Herbst F, Young RM, Garcia KC, Weiner D, June CH, Gill SI. Epitope base editing CD45 in hematopoietic cells enables universal blood cancer immune therapy. Sci Transl Med. 2023 Sep 20;15(714):eadi1145. doi: 10.1126/scitranslmed.adi1145

Deixe um comentário