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peptídeos

Os peptídeos têm desempenhado um papel de destaque em diversas áreas da biotecnologia e medicina. Essas biomoléculas podem atuar como hormônios, neurotransmissores e imunógenos, além de exercerem funções regulatórias críticas no organismo. Embora apresentem desafios, como baixa permeabilidade de membranas e suscetibilidade à degradação, sua alta especificidade e segurança os tornam candidatos ideais para aplicações terapêuticas e diagnósticas.

Recentemente, avanços na síntese química, incluindo a incorporação de aminoácidos não naturais e modificações como ciclização e conjugação, ampliaram o uso dos peptídeos. Neste conteúdo, você encontrará informações sobre três aplicações promissoras para a síntese de peptídeos: como indutores de agregação de proteínas para fins terapêuticos, em hidrogéis para medicina regenerativa e como ferramentas para entrega de fármacos. Confira!

Peptídeos indutores de agregação como estratégias terapêuticas [1-4]

A formação de agregados proteicos, frequentemente associada a doenças neurodegenerativas como Alzheimer e Parkinson, tem sido reavaliada como uma estratégia terapêutica inovadora. Peptídeos sintéticos conhecidos como Pept-ins foram desenvolvidos para promover a agregação de proteínas-alvo, oferecendo uma nova estratégia que visa aproveitar a formação amilóide para direcionar e eliminar especificamente proteínas para fins terapêuticos.

Esses Pept-ins aproveitam as regiões propensas à agregação de proteínas, que são geralmente hidrofóbicas e ricas em interações de fita-β, induzindo uma agregação direcionada. Pesquisas recentes demonstraram a eficácia dos Pept-ins no tratamento de tumores e infecções virais. Por exemplo, o vascin, projetado para inibir o receptor VEGFR2, reduziu significativamente o crescimento tumoral em modelos de melanoma. Em outra aplicação, Pept-ins direcionados à proteína PB2 do vírus da Influenza A demonstraram redução da carga viral em experimentos com camundongos.

Além disso, os Pept-ins têm sido explorados como adjuvantes para antibióticos beta-lactâmicos. Segundo estudos, eles aumentaram a eficácia de agentes como Penicilina G contra cepas de E. coli resistentes, ao inibir beta-lactamases bacterianas. Essa abordagem não apenas melhora os tratamentos existentes, mas também combate a resistência antimicrobiana, um dos maiores desafios da medicina moderna.

Hidrogéis a base de peptídeos para medicina regenerativa [5-9]

Os hidrogéis são amplamente utilizados na medicina regenerativa devido à sua capacidade de reter água e mimetizar a matriz extracelular. Recentemente, peptídeos sintéticos foram incorporados à hidrogéis para otimizar suas propriedades biológicas e mecânicas, ampliando suas aplicações em engenharia de tecidos e cicatrização de feridas.

Em terapias para regeneração óssea, hidrogéis funcionalizados com peptídeos sintéticos mostraram-se eficazes em promover a diferenciação osteogênica de células-tronco mesenquimais. Esses materiais não apenas forneceram suporte estrutural, mas também estimularam a produção de proteínas associadas à regeneração óssea.

Outro avanço significativo foi o uso de hidrogéis contendo peptídeos Q, derivados de angiopoietina-1, para acelerar a cicatrização de feridas. Estudos demonstraram que esses hidrogéis favorecem a migração de queratinócitos e fibroblastos, além de reduzir a inflamação, criando condições ideais para o reparo tecidual. Essas propriedades os posicionam como candidatos promissores para aplicações clínicas.

Além disso, a personalização dos hidrogéis permite ajustar sua biodegradabilidade e incorporar sinais biológicos específicos para atender a diferentes necessidades terapêuticas. Por exemplo, hidrogéis contendo peptídeos biodegradáveis cruzados com redes poliméricas foram projetados para facilitar a liberação controlada de fatores de crescimento, promovendo a regeneração de tecidos complexos, como o cardíaco e o nervoso.

Peptídeos projetados para penetrar em células e tumores para entrega de fármacos [10-13]

A entrega eficiente de fármacos para tecidos específicos é um dos maiores desafios da medicina. Peptídeos sintéticos projetados para penetrar em células ou tecidos tumorais têm se mostrado ferramentas valiosas, devido à sua baixa imunogenicidade e capacidade de serem funcionalizados para aplicações específicas.

Peptídeos tumorais têm sido amplamente utilizados para direcionar nanocarreadores, como lipossomos e tumores com superexpressão de integrinas. Em contextos mais complexos, como gliomas, peptídeos como Penetratin (Pen) e fragmentos do receptor de transferrina foram empregados para superar barreiras biológicas, como a barreira hematoencefálica (BBB). Essas estratégias melhoraram significativamente a entrega de fármacos ao cérebro, resultando em regressão tumoral em modelos experimentais.

Mais recentemente, lipossomos funcionalizados com peptídeos derivados de neurofilamentos demonstraram eficiência na entrega de fármacos para células de glioblastoma. Esses avanços abrem novas perspectivas para o tratamento de tumores cerebrais, um campo historicamente limitado por barreiras de acesso.

Além disso, combinações de peptídeos penetrantes e tumorais têm sido exploradas para otimizar a especificidade e a eficácia dos tratamentos. Por exemplo, lipossomos funcionalizados com peptídeos capazes de interagir com receptores tumorais e promover a internalização celular mostraram resultados promissores na entrega de quimioterápicos como doxorrubicina, aumentando a eficácia terapêutica e reduzindo efeitos colaterais sistêmicos.

Perspectivas Futuras

O campo dos peptídeos sintéticos continua a evoluir rapidamente, impulsionado por avanços na química de síntese e no design de biomoléculas. À medida que mais tecnologias emergem, espera-se que os peptídeos desempenhem um papel cada vez mais central em áreas como medicina regenerativa, terapias direcionadas e diagnóstico molecular.

Além disso, a integração de peptídeos com outras tecnologias, como nanopartículas e hidrogéis, oferece novas oportunidades para personalizar tratamentos e abordar necessidades médicas específicas. A capacidade de projetar peptídeos com propriedades otimizadas, como resistência à degradação e funcionalidade direcionada, torna essas moléculas ferramentas indispensáveis para a biotecnologia moderna.

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Referência:

[1] Housmans JAJ, Wu G, Schymkowitz J, Rousseau F. A guide to studying protein aggregation. FEBS J. 2023 Feb;290(3):554-583. doi: 10.1111/febs.16312

 

[2] Gallardo, R., et al. (2016). De novo design of a biologically active amyloid. Science, 354(6313). https://doi.org/10.1126/SCIENCE.AAH4949/SUPPL_FILE/GALLARDO-SM.PDF

 

[3] Michiels E, Roose K, Gallardo R, Khodaparast L, Khodaparast L, van der Kant R, Siemons M, Houben B, Ramakers M, Wilkinson H, Guerreiro P, Louros N, Kaptein SJF, Ibañez LI, Smet A, Baatsen P, Liu S, Vorberg I, Bormans G, Neyts J, Saelens X, Rousseau F, Schymkowitz J. Reverse engineering synthetic antiviral amyloids. Nat Commun. 2020 Jun 5;11(1):2832. doi: 10.1038/s41467-020-16721-8

 

[4] Khodaparast L, Khodaparast L, Wu G, Michiels E, Gallardo R, Houben B, Garcia T, De Vleeschouwer M, Ramakers M, Wilkinson H, Duran-Romaña R, Van Eldere J, Rousseau F, Schymkowitz J. Exploiting the aggregation propensity of beta-lactamases to design inhibitors that induce enzyme misfolding. Nat Commun. 2023 Sep 9;14(1):5571. doi: 10.1038/s41467-023-41191-z

 

[5] Cao, H., Duan, L., Zhang, Y., Cao, J., & Zhang, K. (2021). Current hydrogel advances in physicochemical and biological response-driven biomedical application diversity. Signal Transduction and Targeted Therapy 2021 6:1, 6(1), 1–31. https://doi.org/10.1038/s41392-021-00830-x

 

[6] Oliver-Cervelló, L., et al. (2023). Protease-degradable hydrogels with multifunctional biomimetic peptides for bone tissue engineering. Frontiers in Bioengineering and Biotechnology, 11, 1192436. Doi: 10.3389/fbioe.2023.1192436

 

[7] Xiao, Y., et al. (2016). Diabetic wound regeneration using peptide-modified hydrogels to target re-epithelialization. Proceedings of the National Academy of Sciences, 113(40), E5792-E5801. https://doi.org/10.1073/pnas.1612277113

 

[8] Sparks, H. D., et al. (2022). Application of an instructive hydrogel accelerates re-epithelialization of xenografted human skin wounds. Scientific Reports, 12(1), 1-15. https://doi.org/10.1038/s41598-022-18204-w

 

[9] Vizely, K., et al. (2023). Angiopoietin-1 derived peptide hydrogel promotes molecular hallmarks of regeneration and wound healing in dermal fibroblasts. IScience, 26(2), 105984. doi: 10.1016/J.ISCI.2023.105984

 

[10] Vadevoo, S. M. P., et al. (2023). Peptides as multifunctional players in cancer therapy. Experimental & Molecular Medicine 2023 55:6, 55(6), 1099–1109. https://doi.org/10.1038/s12276-023-01016-x

 

[11] Farshbaf, M., et al. (2022). Enhanced BBB and BBTB penetration and improved anti-glioma behavior of Bortezomib through dual-targeting nanostructured lipid carriers. Journal of Controlled Release, 345, 371–384. https://doi.org/10.1016/J.JCONREL.2022.03.019

 

[12] Sun, Z., Huang, J., Fishelson, Z., Wang, C., & Zhang, S. (2023). Cell-Penetrating Peptide-Based Delivery of Macromolecular Drugs: Development, Strategies, and Progress. Biomedicines 2023, Vol. 11, Page 1971, 11(7), 1971. https://doi.org/10.3390/BIOMEDICINES11071971

 

[13] Yokoo, H., Oba, M., & Uchida, S. (2021). Cell-Penetrating Peptides: Emerging Tools for mRNA Delivery. Pharmaceutics 2022, Vol. 14, Page 78, 14(1), 78. https://doi.org/10.3390/PHARMACEUTICS14010078

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