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câncer de próstata

No Brasil, o câncer de próstata é o segundo mais comum entre os homens, ficando atrás apenas do câncer de pele não melanoma. Apesar dos avanços significativos em termos de detecção precoce e tratamento, existem determinados tipos de câncer de próstata mais agressivos e que não respondem muito bem às terapias.

Esse é o caso do câncer de próstata avançado, particularmente no contexto metastático resistente à castração (ou mCRPC). Esse tipo de câncer leva esse nome porque apresenta resistência às principais opções terapêuticas disponíveis.

No entanto, descobertas com a terapia CAR-T têm renovado as esperanças de pacientes que sofrem com essa doença, conforme publicado em recente estudo científico.

Novo estudo avaliou o potencial da terapia CAR-T no câncer de próstata avançado

Em estudo de fase I publicado na revista Nature Medicine em junho de 2024, pesquisadores apresentaram resultados promissores com a terapia CAR-T direcionada ao antígeno de células-tronco prostáticas (PSCA), um alvo altamente expresso em casos de mCRPC [1].

Como mencionado, o câncer de próstata é uma das formas mais comuns de câncer em homens, mas o mCRPC, em particular, representa um desafio clínico significativo devido à sua resistência aos tratamentos hormonais e à sua capacidade de metástase. Anualmente, mais de 30 mil homens nos Estados Unidos morrem devido a essa condição [1].

Imunoterapias anteriores, como inibidores de checkpoint e vacinas baseadas em células dendríticas, tiveram sucesso limitado no mCRPC. A terapia CAR-T, embora revolucionária em cânceres hematológicos, ainda enfrenta dificuldades em tumores sólidos, devido ao ambiente imunossupressor e à falta de infiltração de células T no microambiente tumoral. Com isso, a nova pesquisa desenvolveu uma terapia inovadora que visa especificamente o PSCA, um antígeno expresso em células tumorais prostáticas, para superar essas barreiras e oferecer uma nova opção para pacientes com mCRPC [1].

Como o estudo foi realizado?

O ensaio foi desenhado para avaliar a segurança e a eficácia preliminar da terapia com células CAR-T direcionadas ao PSCA. Nesse sentido, quatorze pacientes com mCRPC foram tratados com infusões de 100 milhões de células CAR-T sem quimioterapia de linfodepleção prévia. O uso de linfodepleção, comum em cânceres hematológicos, foi posteriormente adicionado ao estudo para aumentar a eficácia da infusão das células CAR-T  [1].

Os pacientes passaram por uma série de exames rigorosos antes da administração da terapia. O PSCA foi confirmado por meio de testes de imunohistoquímica em amostras de tecido tumoral. Após a coleta e o processamento de células T dos pacientes, as células foram modificadas geneticamente para expressar o CAR que reconhece o PSCA, retornando ao paciente com o objetivo de atacar as células tumorais [1].

Pacientes com câncer de próstata avançado podem ser tratados com segurança com a terapia CAR-T

Os resultados do estudo foram encorajadores. Quatro dos 14 pacientes tratados apresentaram reduções no PSA sérico superior a 30%, sendo que um paciente teve uma redução significativa de 95% nos níveis de PSA e diminuição de lesões metastáticas ósseas e de tecidos moles. Esse resultado foi sustentado por cerca de oito meses, o que é notável em pacientes com histórico de tratamentos anteriores falhos [1].

Entretanto, a persistência das células CAR-T foi limitada, com níveis reduzidos de células detectados além dos 28 dias após a infusão. Esse fenômeno é uma das principais limitações da terapia com células T CAR em tumores sólidos, como o mCRPC, e representa uma área de aprimoramento para estudos futuros [1].

Em relação à toxicidade, a terapia foi considerada segura no geral, embora cinco dos 14 pacientes tenham desenvolvido síndrome de liberação de citocinas de grau leve a moderado, um efeito colateral comum em terapias com células CAR-T [1].

Embora os resultados mostrem promessas consideráveis, desafios permanecem, principalmente em relação à persistência limitada das células CAR-T. Estudos de seguimento estão sendo planejados para aprofundar os resultados e chegar a conclusões mais robustas.

A terapia com células CAR-T direcionada ao PSCA representa um avanço potencialmente transformador no tratamento de pacientes com câncer de próstata avançado. Os resultados iniciais de segurança e eficácia indicam que essa abordagem pode oferecer uma nova esperança para pacientes sem outras opções de tratamento, abrindo um novo horizonte para a imunoterapia no tratamento de cânceres sólidos.

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Assim como o estudo anterior, a FastBio entende a importância da pesquisa e desenvolvimento de novas terapias para tratamento do câncer. Por isso, estamos na linha de frente, fornecendo produtos e serviços essenciais para que estes estudos possam ser executados com excelência.

Nesse contexto, a FastBio tem contribuído ativamente como fornecedora de insumos necessários para a produção das células CAR-T em estudos brasileiros. Esse é o caso do recente ensaio clínico qu está sendo realizado no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (FMRP-USP).

Este estudo, desenvolvido pelo Centro de Terapia Celular (CTC) do Hemocentro da FMRP-USP e apoiado pela FAPESP, é um marco importante no desenvolvimento e aplicação da tecnologia CAR-T em nosso país para tratamento de pacientes com leucemia linfoide aguda de células B e linfoma não Hodgkin de células B.

Desempenhamos um papel fundamental no projeto como distribuidor exclusivo da plataforma desenvolvida pela Probio, uma parceira relacionada à GenScript, empresa líder mundial no setor de biotecnologia. Essa plataforma entrega as construções necessárias para a transformação das células T dos pacientes em células CAR-T. 

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Referência:

[1] Dorff TB, et al. PSCA-CAR T cell therapy in metastatic castration-resistant prostate cancer: a phase 1 trial. Nat Med. 2024 Jun;30(6):1636-1644. doi: 10.1038/s41591-024-02979-8

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